sábado, 26 de junho de 2010

PIN-UPS! Para começo de conversa...




O tema é uma paixão antiga: as Pin-ups! Elas rondam o imaginário masculino desde 1890, apesar de só terem se tornado verdadeiramente populares a partir de 1940.

Podiam ser encontradas em ilustrações de revistas e cartazes de campanhas publicitárias, que eram recortados e pendurados nas paredes pelos homens, daí vem o nome pin-up.

Alento para os soldados da Segunda Guerra Mundial, elas estavam presentes em todos os alojamentos e veículos de guerra. Nessa tendência foram criados inúmeros calendários com as gravuras.

Difícil não se motivar a fazer um ensaio baseado nelas...  mesmo que se perca muito do clima por não poder explorar as expressões faciais tão características.

Nós, que adoramos nos divertir com a máquina fotográfica, fizemos uma série de imagens amadoras, com duas produções diferentes. Soltamos a nossa imaginação para brincar com o estilo sex-angelical das pin-ups e dividiremos isso com vocês nas próximas postagens.

Para começo de conversa...

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Nelson Rodrigues: amor, ódio... ou os dois!

"Qualquer um tem seus íntimos pântanos."


Sim, Nelson Rodrigues nasceu para descrever com requintes de crueldade e prazer o que pode haver (ou há?) de mais secreto, mórbido e sórdido na natureza humana.

Ele é o autor que, incompreendido em sua época, chocava, estremecia os costumes e questionava a "casca de moralidade" das pessoas... e ainda provoca sensações de surpresa nos dias de hoje: está a frente do nosso tempo, também!


Valia-se da licença poética para desnudar não só os personagens, mas toda a vida privada das pessoas. Daí vem o exagero constante: em resposta à hipocrisia da sociedade sexualmente repressora, também excessiva.


Escreveu sobre gente que tem desejo (inclusive os mais bizarros), a morbidez que rondou toda a sua história pessoal, os monstros que não percebemos por baixo da polidez de alguns, os homens que fantasiam com o impróprio, mulheres que possuem libido e que rompem tabus...

Asfalto Selvagem (Engraçadinha), A dama do lotação e outros contos e crônicas, A vida como ela é — O homem fiel e outros contos, Meu Destino É Pecar... literatura para apreciar com a alma desarmada e despida de preconceitos. Quem já teve a oportunidade de se deixar levar pelo texto do "anjo pornográfico" sabe: é difícil digerir tudo o que é dito.

Sinto repugnância de grande parte das pessoas nas suas narrativas... contudo é impossível não se identificar com algum traço de algum personagem. Ele fala sobre o inconfessável e mais oculto, sobre o amor e o asco que escondemos no canto mais escuro de nós e os personifica em gente que odiamos ou amamos com a mesma intensidade que o autor deve ter pretendido!

Não vou aprofundar questões da sua estética, nem esmiuçar mais a sua produção. Confesso que falaria horas a fio sobre a sua obra (sim, sou fã apaixonada!), mas o que interessa é contar como a postagem sobre ele surgiu por aqui. 

Não foi de caso pensado... eu e o André brincávamos de tirar fotos com uns figurinos diferentes e eu detestei algumas delas! Depois, fiquei olhando-as no computador, comecei a alterar as cores de fundo e algo de familiar me vinha à mente, sem que eu pudesse definir ao certo o que era.

A mulher nas fotografias não era eu, ela transparecia algo de "dona de casa", tinha um ar de "outra época"... quanto mais eu observava, menos me via ali. 

Algo de santa, algo de profana... era a minha versão rodriguinana! Como nas brincadeiras desses sites que fazem versões nossas de personagens de desenhos animados, avatares. Não, não sou nem louca de pensar em representar as divas do mestre! Mas se ele tivesse escrito algo sobre a Lia, era assim que eu seria. Assim que eu imaginaria a personagem.



Aquela que gosta de fotos suas na Internet, que tem uma libido louca e uma vida secreta com o marido, que tem experiências inconfessáveis e as publica no anonimato...

"Se cada um soubesse o que o outro faz dentro de quatro paredes, ninguém se cumprimentava."

A mulher sem grandes culpas ou remorsos, que vive a sua sexualidade de um jeito particular... e que, a despeito de todas as ousadias, nunca deixou de amar loucamente o homem a quem escolheu para ser seu companheiro.

                        "O casamento já é indissolúvel na véspera."

A esposa que ama o exibicionismo e o voyerismo, a excitação do sexo observado e o encontro com vários corpos... de homens e de mulheres. 

"Só o rosto é indecente. Do pescoço para baixo, podia-se andar nu."
Como num bom texto de Rodrigues: final inesperado...
Imagens que quase ganharam o lixo, viraram o passaporte para o passado. Essa máquina do tempo me fez rever a época em que pintava as unhas e passava batom trancada no meu quarto, depois ficava nua fazendo poses para o espelho... madrugadas adolescentes de prazeres solitários e escondidos, tantos êxtases embalados por fantasias de "engraçadinha".

Ainda sou aquela menina, que sente o sangue ferver ao imaginar que poderia ser observada enquanto se tocava em frente ao espelho. Que tantas vezes imaginou Nelson abaixado na porta de seu quarto a espiar, como ele disse: 
"Sou um menino que vê o amor pelo buraco da fechadura. Nunca fui outra coisa. Nasci menino, hei de morrer menino. E o buraco da fechadura é, realmente, a minha ótica de ficcionista."

No final das contas, foi gostoso brincar com a "viagem rodriguiana por acaso"... relembrar e contar. Por isso é que adoro esse espaço privado,  "da Lia e do André", onde quem vem de passagem pode espiar um pouco das nossas loucuras.


"Sempre que um homem e uma mulher se gostam precisam estar prodigiosamente sós, como se fossem o primeiro, único e último casal da Terra".

Lia

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Dia dos Namorados

Sim, nos amamos!
Casados, amantes... atados!
Delícia estarmos sós, só nós...
Eu e meu amado...
Namorado!

12 de junho foi inesquecível, meu amor!!!

Lia

quarta-feira, 9 de junho de 2010



MINHA ESPOSA É


DEMAIS